queers & queens 2013 – Depois do Fim

Seguimos entrevistando as bandas que irão participar do Queers & Queens 2013.

O festival começa neste final de semana e segue pelo mês de março inteiro no Dynamite Pub [Rua 13 de Maio, 363, Bixiga] com entrada gratuita.

Em pauta no fest, que tem apoio do Governo do Estado de São Paulo, está a luta contra a homofobia.

Hoje é a vez do Depois do Fim, grupo formado em são Bernardo do Campo no ano de 2005, e tem em sua formação Jess [voz], Gabi [guitarra/voz], Evy [guitarra/voz], Vans [baixo] e Diogo [bateria].

Neste domingo, 03/03, a DDF, cujo último lançamento é o EP Bandinha De Menina É O %$#@!”", dividirá o palco e seu rock pop com as bandas Eyppi [que já conversamos] e Sapato43, além dos DJs Junior Gray e Lulu Hipérbole.

Confira a conversa abaixo!

[foto: Kleyton Souza]
ddf_kleytonsouza

- Quando sua banda foi formada e como você define o som dela?
Em 2005, na época do colégio! Tocamos um rock pop. Não pop rock, afinal desse estilo são denominadas bandas como Capital Inicial, Jota Quest, enfim, é rock pop mesmo, letras que falam em sua maior parte de amor, com refrões grudentinhos e riffs marcantes de guitarra!

- Pra vocês, o que significa tocar num evento como o Q&Q?
A Depois do Fim aceita e faz questão de todo e qualquer tipo de público. Nossas músicas atingem a galera que já gostou de alguém, já tomou ou deu um pé na bunda, sofreu por amor e por aí vai. Hetero ou homo, isso já aconteceu com todo mundo. E se ainda não, logo mais vai acontecer. O festival Q&Q é, além de interessante, digníssimo por conseguir fazer com que a galera entenda que as diferenças não importam nem um pouco quando os assuntos são música e arte. Confesso que ficamos com receio quando fomos convidadas a tocar pela primeira vez, mas então pudemos perceber que o show vem mesmo desde a parte da organização quanto do público que frequenta!

qandq2013

- Ter um festival punk e gay com o apoio do Governo do Estado de São Paulo reflete mudanças na sociedade?
Reflete primeiramente na coragem da organização do evento em correr atrás do apoio do Estado, seguido então de uma confirmação de que os tempos mudaram. E mudaram pra melhor. Apoiadores e patrocinadores deveriam acreditar em projetos bons, independente para qual público ele seja destinado. Isso não acontecia, hoje já começa a acontecer. Então é possível acreditar sim numa mudança por parte das autoridades e, principalmente, da sociedade.

- Que tal as outras bandas do fest?
É uma das únicas vezes no ano em que a DDF toca com estilos misturados. E o resultado é maravilhoso! O respeito com que tratam a gente e vice-versa, mostra que ainda é possível acreditar nas diferenças sem algum tipo de represália.

- Quais são os próximos planos da DDF?
Em abril faremos um show de lançamento do clipe novo, a música Nossa Hora de Dizer Adeus faz parte de um EP lançado em 2012, mas que começa a ser trabalhado somente agora depois do Carnaval 2013 que, cá entre nós, é quando realmente o ano começa [risos]. As expectativas são sempre as melhores, mas como se trata de uma banda independente, não se pode tirar o pé do chão. Vamos trabalhar e torcer pra que tudo dê certo!